Dealema.

Pois.. isto com o rap não sendo cliente a conversa é sempre superficial, mas como cá estava desde o início não deixou de ser interessante ver o que era uma forma musical relativamente marginal das comunidades negras das costas dos states tornar-se o formato musical hegemónico (o ano passado tinha como aluno um descendente de bielorussos dos arrabaldes lisboetas não só rapper como imitador de todos os tiques afro-americanos do inner-city, como eu lhe dizia “o meu aluno mais black é o meu aluno mais branco”.. o cabrão era praticamente albino!).. interessante sociologicamente, porque musicalmente nem por isso.. nem era suposto inicialmente: o importante era a mensagem e se RAP não vem do acrónimo “rhythm and poetry” como dizem os italianos si non e vero e bene trovato... ritmo é um terço da coisa, sem melodia e harmonia é um banco só com uma perna.
Seja como é admirável a evolução do estilo.. se o João (o meu cunhado) ainda gargalha com a hipótese de rap francês (quando nos foi visitar a Paris estava o Damso https://www.youtube.com/watch?v=6qDYXuxjRA0 muito na moda na casa da Loulou e o João chorava a rir literalmente a ouvi-lo) a verdade é que eu consigo facilmente descobrir coisas ainda mais espantosas, como o Maxim Ilinov um cossaco russo ortodoxo ultra-conservador (e naturalmente fanático do Putin) que viu no rap a sua forma de expressão https://www.youtube.com/watch?v=qdxr2mZsR-c (claro que mandei ao João IMEDIATAMENTE!) este não está traduzido mas as letras são espantosamente conservadoras (sobre como temos de voltar ao século XV criar cavalos e matar judeus..).. mas voltando aos teus amigos Dealema... a letra é boa e adoro o sotaque assumido (como me dizia uma velhinha no Quebec “les accents sont beaux!”) a música é melhor do que é costume e a questão que me sobra é: como um grupo de hip hop do Porto tem ar de gang skinhead brasileiro?!  LOL

Comentários

  1. O Bernardo é que mostra isso tudo, é maluco. Houve tanta música boa e depois parece-me que só me quer mostrar rap, sabendo que não é a minha praia. Há uns meses fomos ver um documentário sobre o hip hop portuense, no mesmo cinema onde vimos a "fábrica de nada" e apesar de longo (e da cadeira onde estava sentada se ter partido!), até foi interessante
    https://www.youtube.com/watch?v=1_tOyNgxS2I

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    1. Ouve não Houve!
      Seja como for meti o "Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes" na minha lista do imdb, sem grande certezas sobre onde irei sacar isto..

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    2. ahahah! foi mau xD mas "houveram" também é :p

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