“The Valley of Fear” Arthur Conan Doyle, 1915 (lido pelo Stephen Fry).
O quarto (e mais escondido) romance do Sherlock Holmes... e
com boas razões. O habitual gosto do Conan Doyle por settings exóticos
puseram-no a mijar fora do penico: a história decorre das guerras dos Molly Maguires
na América (uma espécie de sociedade secreta que funcionava como um
proto-sindicato entre os irlandeses da indústria mineira nos EUA), a
resistência operária é brutalmente desmantelada com recurso aos Pinkerton, a
uma “justiça” absolutamente extra-constitucional e a uma massiva campanha de
propaganda jornalística... claramente a fonte do Conan Doyle para desenhar
estes tipos como uns tigres sedentos de sangue sem uma linha sequer para as
condições de vida e trabalho das minas da Pensilvânia (logo o Conan Doyle,
normalmente tão mais vivaço para a realidade)...
seja como for, brilhantemente escrito e gloriosamente
lido (narrado, actuado).
Comentários
Enviar um comentário