“Les Aventures Extraordinaires d’Adèle Blanc-Sec 9 Le Labyrinthe Infernal” Jacques Tardi, 2007.

O 9º e último (na prática, porque ele próprio promete mais, mas ainda não aconteceu por mais que o Tardi ainda por aí ande) volume da saga da Adèle...

A crítica e a malta caíram-lhe em cima mas eu francamente tenho de desalinhar... por partes: os primeiros quatro são absurdas obras-primas totalmente consensuais e incorrigíveis (perfeitas)... a partir do “Secret de la Salamandre” caímos para um qualquer recesso da mente do tio Jacques e lá andámos aos trambolhões durante quatro tomos (que a malta foi largando progressivamente enquanto a crítica especializada ia segurando com argumentos cada vez mais esotéricos... eu fui na viagem mas já de amor velho)..

este último parecia consensual como era uma desgraça auto-referencial, um derradeiro canto do cisne que tinha como único objectivo convencer (finalmente) a crítica que o Tardi estava indefensável... eu (e não é só para ser chato) acho que ele está maluco, mas que este é o primeiro bom volume desde as “Momies en Folie”... não sendo tão bom é uma enorme língua de fora à tropa toda, auto-referencial mas sem arrumação nem fecho, propositadamente a atirar para um próximo volume que vendo a esta distância cheira a que nunca chegou a estar planeado...

eu francamente parece-me que o Tardi, na sua mui específica loucura galopante, nos mandou todos à fava... mas o álbum é bom.

 

Comentários