“Novo” semanário, 2021.


 

Lá me lembro (à segunda semana) e compro o novo semanário “Novo”... o nº 0002 (porque vamos vender pelo menos 1000 edições disto, portanto negócio pelo menos até 15 de Junho de 2040)... e que belo barrete por €4 (€4 é meio maço de tabaco menina!).

O tom é todo modernaço, disruptivo e coiso, apesar de não ter o grafismo à frentex dum “I” ou a absoluta cúnfia do velho “Expresso”, mas a cebola vai-se descascando, o animal quer ser assim rebeldino mas sabendo comer à mesa, entrevista sabuja ao cabeçudo da Iniciativa Liberal, molinha à loira de supermercado proto-nazi que o PSD arranjou para a Amadora, o resto é só pancada ao governo PS, página sim página sim, a coisa é assim toda modernaça mas só com gente que sabe estar (quase todos) leva-se logo com o Paulo Rangel na p. 3 (o que é indigesto), aliás colunistas do PSD e do CDS é barda deles (até para uma do PPM há espaço... eu nem sabia que havia deputadas do PPM. Depois fui ver e é deputada à Assembleia Municipal de Lisboa.. aaahh) para fechar na antepenúltima p. com o Chicão do CDS; pelo meio ainda temos direito ao Telmo Correia (o ex-ministro do Santana que tinha mais stress com os graffiti do que com despachos feitos à medida dos casinos da Estoril-Sol... moralidade!!), o Vasco Rato, um particularmente horroroso velho candidato a Steve Bannon da Tuga e um senhor cronista (opinativo sobre estátuas e racismo) que é apresentado anodinamente como “dirigente político” e depois vai-se a ver e é o gajo que escreve os discursos do André Ventura na Assembleia... uau!

Isto não é caso à Moretti de gritar “diz alguma coisa de esquerda... não há aqui sequer nenhum moderado do PSD, isto é tudo muito do lado de lá, sonsamente, muito sonsamente “anti-corrupção e coiso” mas mais rapidamente se metem na cama com o demónio do que com a esquerda descafeinada, centro-direita nem para a frente nem para trás...

Mas com laivos metidões de “Independente” de agora, jornal que derruba o regime porque somos bué de modernos... iá ‘tá bem manel, é que Paulinhos e Miguéis Esteves Cardosos crescem à balda na árvore das patacas... era bom para lavar janelas não fossem as putas das vidraças ficarem-se-me todas baças do fascismo... Foda-se, mais valia ter gasto o dinheiro em tabaco,

fazia-me menos mal.

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