“Deixem o Pimba em Paz” Bruno Nogueira, Manuela Azevedo, Filipe Melo, Nuno Rafael e Nelson Cascais, a partir de 2013.

Este andou-me a escapar este tempo todo e tinha tudo, à partida, para me chamar: o Bruno, a divina Manela, a absoluta tendência contrapêlo ao “belo-pensamento” lisboeta...

Mas mesmo assim isto é demais!

Quando bem orquestrado e bem tocado o pimba não é menos que pop, bem puxado vai a um tango decente ou à pop progressiva, e depois percebes que o drama com o pimba é mais fundo do que seria de esperar: o pimba é assim por escolha estética, é monótono e foleiro não por falta de jeito ou talento mas por escolha consciente e determinada, é assim porque vende bem assim, é mau porque quem o produz sabe que assim mau vende e “se nos pusermos a inventar se calhar não”...

e terceiro andar, sou mau por desprezar esta escolha estética?! Get the fuck out of here... eu sou muito amigo dos bichinhos mas não me mexam no bife! Fazer música de merda já é mau, fazer música de merda não porque não pudéssemos fazer melhor, mas só porque assim vende melhor, é absurdamente imperdoável a um nível qualquer (sim, eu sei, toda a gente tem de comer... daí a termos “um género musical” ainda é um pedacinho), paradoxalmente acho que o “Deixem o pimba em paz” me fez ficar mais zangado com o pimba do que antes...  

seja como for, aqui todo:

https://www.youtube.com/watch?v=G1zSVunAzEg

para mais nessa instituição que é a Feira da Luz.

Vá, o Filipe Melo levantou um grande bocado da antipatia instintiva que eu lhe tenho.


 

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