"Hergé" F. Calouste Gulbenkian, 2021-22.

Vamos com o teu pai e as crianças (temos cá a Catarina Fagulha) a esta... a exposição é gira e interessante mas vê-se à rasca para navegar por entre a verdade e as partes "problemáticas" do Georges Remi... assim o Tintin e os Sovietes é interessante no trabalho a preto-e-branco (nem um piu sobre o que o livro diz), o Tintin no Congo é só exotismo (e não um anacronismo colonialista belga), do retrato dos americanos como mafiosos nem se fala, o "Lótus Azul" é só resultado da amizade com o Tchang Tchong-jen (quanto a propaganda anti-nipónica cri cri), e o Petit Vingtième é descrito como apenas um suplemento juvenil... e não como o veículo de propaganda ultra-católica, raivosamente anti-semita e colaboracionista com os alemães...

pois, isto é a história tal como aprovada pelo Museu Hergé, eu se fosse aos herdeiros também a escrevia assim.

e eu adoro o Tintin,

mas enquanto me enrabam, gosto duns beijinhos atrás da orelha.


 

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