"Suggia" Ricardo Espírito Santo, 2021.
A tua irmã põe-se a explorar os recantos dos arquivos da RTP e descobre-me esta que eu prefiro ver sem interferências...
as fitas do Porto de como é tudo Lisboa nesta terra e o resto é paisagem são 70% de fita pelo FCP não ganhar mais campeonatos e mala pata por todos os políticos extremamente tripeiros enquanto estão acima do Mondego se transformarem em betinhos da Lapa mal eleitos para uma cadeira em S. Bento... mas há numas e noutras em que têm razão.
O absoluto silêncio à volta do esmagador génio musical que foi a Guilhermina Suggia ("Guil" para os amigos) pode ser metade por conta de ser uma mulher (note-se a fita toda que se continua a fazer à volta do Lopes Graça...) mas também há um belo meio peso por conta de não só ser uma mulher (a tocar violoncelo entre as pernas... a primeira aprendi agora) mas uma mulher que ainda por cima teve a falta de gosto de ir nascer a Matosinhos...
Não se consegue descobrir ninguém que a tenha ouvido tocar e que não venha de rastos, nota, não é dizer que é bom (isso ouvimos nós nas gravações fanhosas que toda a gente que a ouviu ao vivo recusa ouvir), a malta vinha dos espectáculos de rastos, em histeria colectiva que iam do Dona Maria a aplaudir até ao hotel no Camões e era preciso chamar a polícia para os dispersar às tantas, homens feitos a ficar de cama a chorar, cenas à Beatles mas com eruditos barbudos em vez de gringas adolescentes... e isto a partir de quando tinha 7 anos... sim porque aos 3 já corrigia o pai (professor e violoncelista profissional) quando ele falhava uma nota.
A Guil foi uma qualquer espécie de fenómeno, e se não nos gabamos colectivamente espetando-a no Panteão é porque somos às vezes muito burros:
https://www.rtp.pt/play/palco/p9727/suggia
... claro que tivemos de levar com o horrendo Mário Cláudio, mas cheirava a cultura no Porto, portanto era inevitável.
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