“Dans la mésure de l’impossible” Tiago Rodrigues, Culturgest 2024 (tb. “Na Medida do Impossível”).

OK. Este tipo é um portento, a tua irmã já lhe chama o nosso Canijo dos palcos, eu acho que peca por defeito.

Esta peça devia ser impossível de fazer senão duma maneira muito chata à Joana Craveiro mas o gajo embaralha e reembaralha o texto (e as cores dos figurinos e as sombras e cores da iluminação) e espeta-me um percussionista genial debaixo do lençol e gere a tensão como um magnífico manipulador e quando chegamos ao paroxismo de deslizarmos silenciosamente pela montanha com medo de sermos mortos e violados, passo a passo, (todos os 600 e tal na sala incluindo a inocente da tua sobrinha) e a cabrona da enorme Beatriz Brás me abre aquele pipo do caralho de que ninguém suspeitava até ali e canta um fado do medo... eu choro que nem uma puta na missa.

Cabrão filho dum cabrão, mas será que eu pago bilhete para levar porrada? mais merda para casa??! Foda-se lá o caralho, quem me dera ter ido ver o AFast and Furious ou a Marvel com pipocas e tudo... porra porra porra, o teatro é um perigo!


 

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