“Novas Construções Sociais de Aprendizagem” José Pacheco, 2024.

Eu francamente nem sei por onde começar.

Nem sequer foi especificamente esta curtíssima acção de formação neste sábado com o José Pacheco... o meu director Luís Mocho, no fim da coisa pediu aos formandos que lhe mandassem “uma frase” sobre o que levávamos da formação, eu mandei-lhe isto:

 

Luís,

 

o que levo daqui?

O que levo daqui (e não falo só deste sábado com o José, mas do “piloto” e da Magda e de ti) é uma grande chatice; uma grande chatice porque comecei a dar aulas lá no outro milénio e já estava contente e sossegado com o que e como o que fazia, quase apaziguado com os que caem pelas frestas, e agora vêem vocês e apontam para o que devia ter sido evidente há décadas.

Só me arranjam sarilhos. 

Para “uma frase”, que já vou longo: 

o que levo daqui é inquietação.

 

.tiago

 

estes cabranotes: e falo da Magda e o do Luís (o primeiro administrador escolar que eu vi a merecer o epíteto de “magnífico” que legalmente se atira a qualquer múmia paralítica que administre edifícios do ensino “superior”) para além deste outro brilhante Pacheco (não me chegasse o original) arranjaram-me um problema que eu sou velho que chegue para perceber como estrutural.

Eu a pensar que a canga da empatia da Antropologia tinha ficado com a investigação etnológica e eu agora podia simplesmente dar aulas por mais absolutamente trabalhadas e subrepticiamente militantes que fossem... e estes cabranotes vêm e apontam (nem é explicar porque é tão dolorosamente evidente logo que eles apontam) que “dar aulas” é tretinha...

e têm razão,

olha que bela merda.

Estou sempre a repetir que ser desiludido é grande coisa, porque antes desiludido que iludido... mas cada vez que acontece é uma bela tábua nas costas: muito obrigado José, Luís, Magda, nunca vos hei-de perdoar mas muito obrigado.

  

Aqui na foto o grande José Pacheco olhou à volta, depois à fotógrafa, e sentenciou: “O bonito está no meio.”


 

Comentários