“La révolution française” não sei quantos episódios, 1989.


 

Dinheiros da República de certeza para a comemoração dos 200 anos, elenco internacional às vezes surpreendente... o Andrzej Seweryn como Robespierre é absolutamente brilhante, apanha completamente o bacalhau seco e presunçoso, cold fish que necessariamente era o tio Maximilien Marie Isidore; o Klaus Maria Brandauer como Danton é muito estúpido (porque o Brandauer é um caga-tacos e o Danton era um cabrão dum armário, um boi de terno) há cenas em que o físico faz falta mas o Klaus é um actor tão absurdo que projecta um físico que não tem quando é preciso; o Ustinov como Mirabeau, o Balmer como Luís e o Cluzet como Desmoulins são castings ao nível do Seweryn como Robespierre... grandes actores, corpos e caras perfeitas para a personagem, actuações que enchem para além do texto no notes. O Vittorio Mezzogiorno faz o Marat mais odioso de sempre (tal como encomendado pelo guião) e é espantoso, o Sam Neill como La Fayette é de estranhar e perde por ser dobrado para francês, não sendo um actor enorme sempre se safa melhor que a Jane Seymour como Antonieta, que como sempre nem para a frente nem para trás... e depois a segunda linha: a Claudia Cardinale como Polignac ninguém nota (o que até é estranho porque a Cardinale tem mais 20 anos que a Jane Seymour quando a rainha e a duquesa eram da mesma idade), o enorme Christopher Lee como Sanson toda a gente vê apesar dele não abrir a boca, o Corraface faz um Hébert muito mais bonito do que ele era, o Christopher Thompson um Saint-Just tão bonito e assustador como ele era e o Bruce Myers a fazer um Couthon tão medonho como ele me parece...

No fim das contas não é sem defeitos, como peça pedagógica parece difícil pedir mais, toda aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=YPiiAHSi_48&pp=ygUcbGEgcmV2b2x1dGlvbiBmcmFuY2Fpc2UgMTk4OQ%3D%3D

 

https://www.youtube.com/watch?v=KQQFTEjP54Q&pp=ygUcbGEgcmV2b2x1dGlvbiBmcmFuY2Fpc2UgMTk4OQ%3D%3D

Comentários