“Inside the Third Reich” 2 episódios, 1982.

Esta é extremamente complicada. A partir da memória do Albert Speer (o arquitecto e ministro do Armamento e muito amigo artista do Adolfo) até a série se apercebe que a fonte não é especialmente fidedigna (nunca tinha visto uma série a dar-nos bibliografia no início e fim de cada episódio... e francamente, justifica-se)... justifica-se porque o Speer é um menino fino com imensa vontade de se limpar da loucura juvenil/crescido/maduro de ter participado no assassinato de para aí 75 milhões de humanos... mas o reichsminister praticamente não era nazi, o pai dele era mesmo bué civilizado, a mulher dela era totalmente antifa woke.... isto segundo ele.

Mas depois temos o Rutger Hauer no auge dos seus poderes, o Gielgud (que é sempre doce para os meus olhos), o Derek Jacobi a fazer o maior Hitler de sempre (sim, o Bruno Ganz apanha-o completamente na decadência, mas o Adolfo dos filmes da Riefenstahl nunca tinha visto.. até agora, o Jacobi é um monstro), o grande Trevor Howard, a magnífica Blythe Danner, o Ian Holm num especial mau trabalho do elenco que ele saca mesmo assim, o Stephen Collins a fazer “o carrasco de Breslau” como o amigo simpático que dorme com a mulher do chefe antipático, o Robert Vaughn a fazer o maníaco do Milch como última pessoa razoável na Alemanha Nazi, e crime dos crimes a Zoe Wanamaker (a cara mais fascinante que as ilhas britânicas produziram em 7 gerações, linda linda linda) elencada como secretária feia, é espectacularmente estúpido.

Isto é complicado.