“Operation Mincemeat” John Madden, 2021.

Coisa muito agarradinha a todo o disparate que historicamente aconteceu, ainda lhe metem pelo meio um “interesse romântico” triangular que eu só julgo desnecessário porque esta é daquelas que francamente: a História chega, e neste caso sobra.

Mete-lhe o Firth (um tipo que francamente não se me foi evidente a primeira vez que o vi mas que ao longo dos anos has grown on me), o Macfadyen (velho amigo da tua mana dos “Spooks”) que só peca por não fazer o sotaque australiano que o Cholmondeley havia de ter, a ENORME Penelope Wilton, o Isaacs a fazer um “M” muito mais machão que o original, o sempre delicioso Gatiss e até um Simon Russell Beale totalmente em miscast como Churchill que sabe deus nosso senhor como funciona, e este chaval Johnny Flynn que apanha completamente se não o Fleming, pelo menos a ideia que o Fleming queria que nós tivéssemos do Fleming (o Ian, o autor do Bond que teve metido nesta história pícara até à cintura)... só falha a medonha Kelly Macdonald (tolerável no “Trainspotting”, odeio-a intensamente, nem sequer por ser má actriz mas só pela cara de papo seco de ontem pela qual toda a gente inexplicavelmente se apaixona, desde o “Boardwalk Empire”):

https://www.youtube.com/watch?v=zwkSyrN0mvY

Depois disto tenho mesmo é de ir ler o “Tinker Tailor Soldier Spy”.