O António Barreto, o valor da moderação e o de se ser um pedaço de merda.
A citação é sempre a mesma ou uma variação da mesma: “quem não é revolucionário em novo não tem coração, quem o continua a ser em velho não tem cabeça”, já a vi atribuída variavelmente a toda a gente: o Victor Hugo, o Edmund Burke, o Bernard Shaw, o Clemenceau, o Disraeli, o Guizot, o Claretie, o Batbie, um ou outro rei sueco, para além dos suspeitos de sempre no que mete citações na internet, o Churchill, o Einstein, a Madre Teresa de Calcutá, a Nossa Senhora de Fátima e os cabrões dos três pastorinhos... a conversa é sempre a mesma no fundo: a ideia de mudar fundamentalmente o mundo pela vontade humana colectiva é uma manha mais ou menos tolerável se fores novinho, mas absolutamente de te auto-esbofeteares se és maduro... radical e velho é de maluco, pior, de tolo, tolice injustificada que devia ter sido curada “naturalmente” com o amadurecimento.
Volta e meia volto a esta conversa eu sei, já o disse antes, até já gozei com ela à brava e à parva; mas continuo a voltar a ela porque a a puta da conversa não há maneira de se ir embora. Fiquei radical aos 13 quando olhei à volta e me apercebi na merda em que estávamos (não foi porque estava na moda ou porque era melhor de engatar garotas, não estava na moda por mais que fosse melhor para engatar as garotas que eu queria engatar) mas já ando há quase 1/2 século na fita e não há maneira de me “moderar”... o raça do natural processo de moderação pelo amadurecimento não veio à minha mesa, pelo contrário, continuo a olhar e só pioro, se aos 13 era um cordato social-democrata à escandinava, mete 30 anos de notícias no bicho e tens um anarquista a um passo da propaganda pela acção (sim, que o tiranicídio foi integrado há muito muito muito tempo)... e tudo isto vem do António Barreto ainda existir e dizer coisas e haver quem ainda lhe estenda a mão, e lhe lave as ceroulas e quem tenha dó dele... do PC nos tempos da escuridão, do PS no governo (por mais que a biografia oficial lhe salte o passo) acaba entronizado no ICS e casado com a Mª Filomena Mónica (casal mais medonho da intelligentsiazinha nacional ex æquo com o Vasco Pulido Valente e a Mª Filomena Mónica) e a pôr água na fervura na shoah do Netanyahu em 2025... vês começou molinho, mas moderou moderou moderou até acabar na cama com nazis, aos 80 anos, boa António!..
antes isso que não ter cabeça em velho! Foda-se lá o caralho!!
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