“Soapbox” David Mitchell, 2009-2012.
O Mitchell (o eterno “próximo Stephen Fry”) é um produto
muito especificamente britânico. Com todas as manias idiossincráticas das
ilhas, uma postura muito posh e intelectualizada e um humor verrinoso
percebe-se a comparação... mas enquanto o Fry é agressivamente brilhante o
Mitchell corre sempre numa viela mais misantrópica e rabugenta e, no fundo,
loser, o que o torna muito mais acessível e humano que o apolíneo Fry.
Esta série é já necessariamente (apesar de ele ainda ser
moço) uma das pérolas da carreira: episódios de 3 minutos cada em que ele
resmunga (ou berra mesmo) directamente connosco sobre um qualquer assunto que o
mói (que podem ir dos vários tipos de cerveja dos pubs ingleses ao conceito da
felicidade associado ao “viver no momento”)...
eu gosto especialmente deste, por ser sobre linguagem e por
ser muito menos sobranceiro do que eu esperaria:
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