Jill Rosemary Dias.
Hoje comecei com o Arquivo Jill Dias do CRIA, a
remexer em armários e armários de papel manuscrito, batido à máquina,
xeroxizado e impresso em quatro gerações sucessivas de impressoras para tentar
criar um programa ideal de História da Antropologia; cadeira que ela
desperdiçou em mim há uns vinte anos.
A Jill que eu e a minha geração conhecemos estava muito
longe da jovem sorridente dos anos 60 da fotografia; a Jill que nós conhecemos
era uma velhinha simpática que dava aulas incompreensíveis (e só metade por
conta do sotaque arrevesado); nós respeitávamo-la o suficiente para lhe
peregrinarmos ao funeral quase 10 anos depois de termos tido aulas com ela, mas
escapava-nos o verdadeiro amor que lhe tinham (têm) figuras como a Mia ou a
Amélia.
Depois de passar um dia inteiro imerso naquela cabeça,
a ver aulas a serem escritas e reescritas ao longo de décadas, depuradas e
apuradas e complexificadas é que percebo... como diria a minha irmã: nós é que
não tínhamos competência para assistir aquelas aulas, fuck me,
ou como diria a
tia Jill: Ora bem!
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