“Graças e Desgraças na Corte de El Rei Tadinho monarca iluminado do Reino das 100 Janelas” Alice Vieira, 1984.
Fomos à Feira do Livro e já toda a gente tinha comprado o
que ia para (e tinha dinheiro para) comprar quando na última parte damos com a
tia Alice a assinar (necessariamente livros nas mãos de criancinhas empurradas
por pais da minha geração).
A tua irmã anda a ler à tua sobrinha o ciclo da “irmã Rosa”
e eu, que os li na altura.. continuo a não deixar de preferir este (embora hoje
não saiba onde anda a minha edição, tenho quase a certeza que não está cá em
casa). Compro-o à tua sobrinha e empurro-a para ter um autógrafo.
Depois chego a casa e, ainda andamos aqui a passear um
pedaço, mas eventualmente agarro-o e leio-o dum sopro... e estamos muito longe
dos “Uma Aventura..” que na altura pareciam brilhantes mas hoje duvida-se que
tenham sido escritos por duas adultas mais ou menos funcionais na vida social.
Isto é muito bom, se calhar melhor do que quando o li
pré-púbere, isto raia o conto filosófico à Swift ou Voltaire, numa delicadeza
meiga absolutamente Alice Vieira... a mais simpática das escritoras, a única
que eu vi, já velhinha e consagrada, a ajudar os moços da editora a montar a
barraca na Feira do Livro.
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