“Lady Macbeth” William Oldroyd, 2016.
Ok.. este vemos num sopro com a criança à ilharga e tudo e
isto é absolutamente espantoso! Eu não sei quem é este moço Oldroyd (ninguém
sabe, esta é lhe a primeira-longa metragem) mas ele à primeira conseguiu fazer
bem aquilo que o Manoel de Oliveira andou uma vida inteira a fazer mal.
Nota: a história é muito boa (a partir duma peça do Leskov
muito à frentex), as actuações são boas mas são só contenção emocional, os
cenários espartanos e simples (afinal estamos entre presbiterianos escoceses, o
povo mais barato do ocidente).. mas há duas coisas que saltam logo logo à
vista: uma fotografia muitíssimo bem feita (que mostra exactamente como nem
sequer os dias de sol são especialmente quentes nas ilhas lá de cima) e a
magnífica, espantosa BRUTAL realização.
A utilização de planos fixos, repetidos e repetitivos torna
isto obrigatório para o cânone da cadeira de realização, obrigatório para
qualquer candidato a realizador... eu que achava que a insistência do Oliveira
nos planos fixos e estatismo dos actores era só um rebite de quem não precisa
de espectadores mas afinal não, o plano fixo pode ser um discurso, ter uma
mensagem.. só precisa de ser bem feito, coisa que o Manoel nunca teve unhas
para fazer...
já este moço:
obra-prima é pouco.
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