David Hamilton Koch 1940 – 2019.

Por falar em lista da páscoa...

Acabou de fechar os olhos essa espécie de humano que foi o David Koch (o novo... que o mano velho, o Charles, ainda cá anda).

Natural do Kansas (he’s not in Kansas anymore!), engenheiro químico como o papá e basquetebolista, herda com os manos (nos anos 70) a Koch Industries (manufactura, refinação e distribuição de petróleo, químicos, energia, fibra, polímeros, extração mineral, fertilizantes e agro-químicos, tecnologia e derivados financeiros)... há altura da morte era dono de 42% dum conglomerado que (só) em 2018 teve 110 biliões de dólares de facturação... ele, pessoalmente “valia” (como se diz na América) para cima de 50 biliões de dólares.

O que é que o David fazia com este taco todo perguntas tu?!. O David fartou-se de dar dinheiro para a pesquisa do cancro da próstata (i wonder why?); deu para cima de 100 milhões para o teatro, o ballet e as artes (vês.. teu amigo!) e mais um monte de massa para museus e divulgação científica (o Smithsonian e a PBS e tudo o que metesse história natural)... mas o verdadeiro hobby do David (e do mano Charles) é a política:

Para lá de ultra-conservadores em termos de costumes e para lá de ultra-liberais em termos económicos, os manos Koch foram os bolsos por detrás das mais desvairadas guinadas à direita da política norte-americana dos últimos 30 anos. Financiadores da experiência psico-ultra-liberal do Wisconsin com o Scott Walker (que deu os brilhantes resultados que se viu), foram os inventores do Tea Party durante os anos Obama e no último ciclo eleitoral norte-americano meteram na grelha qualquer coisa como 889 milhões de dólares (os 100 milhões para as artes acabaram de empalidecer), sempre em candidatos republicanos que jurassem não acreditar nas mudanças climáticas, prometessem desregulamentar a indústria, os impostos e as armas e combatessem as “abortadeiras e a maricagem”.

Em termos de influência GLOBAL na actual vaga conservadora (leia-se fascio-reaccionária) os manos Koch só ficam atrás do Rupert Murdoch.

Em resumo... o Inferno acabou de expelir um arroto que deve ter durado 10 minutos; como se diz lá na terra dele: good riddance.