“The Road to Wigan Pier” George Orwell, 1937.
Entretanto, acabo este Orwell que me faltava (a tua irmã
leu-o-o há montes de tempo por conta da
condições de vida dos operários).
O Orwell é mais central para a minha filosofia política
pessoal que o Kropotkin, o Marx e o Hesse, Jesus e a Emma Goldman e a Rosa do
Luxemburgo, o Frantz Fanon o Stirner o Foucault e o Clastres...
Este livro são dois livros na realidade: o primeiro,
descreve a vida dos mineiros desempregados, miseravelmente infelizes do norte
de Inglaterra dos anos 30 (este foi a parte que o editor “esquerdista” queria
imediatamente publicar); o segundo discute porque é que a “Esquerda” não
funciona, por mais razão que tenha (que tem) exactamente junto daqueles que
tenta defender; e é tão exacto e clarividente (para além de mordaz e ácido) que
não só continua a funcionar (profeticamente) hoje, como não é nada de admirar
que o editor da altura (mui esquerdista) tentasse tudo por tudo “adiar” a
edição;
brilhante é pouco... eu diria mais: esclarecedor.
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