“Tarzan the Ape Man” W.S. Van Dyke, 1932.
Apercebo-me há uns tempos que a criança não sabe o que é o
Tarzan... depois começa as aulas de teatro e diz que está a ensaiar para fazer
de “menina selvagem” (nunca vi um cast tão bom!) e parece-me a ocasião ideal...
Agora o problema é que filme mostrar, é que os do Tarzan são
todos, tradicionalmente, inenarráveis: assim de cabeça o da Bo Derek é para
esquecer que não vemos pornochachadas ao jantar, o do Christopher Lambert tem
todo o horror das capacidades de palco do Christopher Lambert por isso deixa
estar.. o João (o meu cunhado) diz que há um mais recente mas que também é um
belo pedaço de deixa estar... por isso, mal por mal por mal, vamos com o mais
antigo que me lembra.
Primeiro... é inadvertidamente cómico como na selva do
Tarzan vivem todos os bichos que os brancos dos anos 30 associavam a África;
segundo não é tão horripilantemente racista como eu estava à espera.. há umas
chibatadas aqui e ali quando os carregadores não querem carregar e montes de
anõezinhos em blackface que parece que o Feiticeiro de Oz caiu na graxa mas é
tão absurdo que chega a ser profilático; de resto a Maureen O'Sullivan carrega
o filme, que as capacidades de palco do Weissmuller fazem o Lambert parecer o
Gary Oldman (até a Cheeta é mais expressiva que o cabrão do nadador)...
seja como for, já me pôs a criança a urrar como a pequena
bárbara que é:
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