“The Conjuring 2” James Wan, 2016.
Primeira coisa: eu gostei do primeiro e fartei-me de
ouvir como a coisa vinha por aí abaixo neste segundo e ainda mais com o
spin-off “The Nun” mas fui à coisa de peito aberto.
Há aqui um monte de coisas e vou do pequeno ao grande: o
mundo real e o do irracional são irreconciliáveis e tentar um pé em cada lado é
suicidário. Os Warren por mais que funcionem como heróis de filme, na realidade
são uns vampiros chungas que vivem da exploração do luto ou doença mental
alheia; pô-los, no filme, a retaliar às (justas) críticas que lhes fazem na
realidade é cabotino à brava por parte da intelligentsia que faz filmes em
Hollywood.
O argumento não consegue ser mais “do costume”, todos os
truques mais velhos que o cagar de cócoras, o inefável herói americano abroad
mui extremamente puro e wholesome, a tentativa de sotaque popular inglês all
over the place... no total, fraco à brava.
Outra vez, a tentativa de eleição dos Warren (cuja história
real dava um filme sério, muito mais interessante que qualquer filme de terror)
só mostra o objectivo único de hoje em dia dos estúdios de Hollywood: a criação
de franchises; o que é uma tristeza em si, mas uma inevitabilidade do capitalismo...
seja como for, mesmo na estreiteza desse objectivo, lembro-me de uns bons 5
melhores candidatos (embora, na verdade, não sejam todos ianques, condição sine
qua non).
Seja como for... da mesma maneira que o Rui Sinel de Cordes
tem 25 defeitos mas o principal é não ter graça; este “Conjuring 2” tem 25
pecados mas o principal e absolutamente determinante é:
NÃO ASSUSTA!
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