“Philippe Auguste” Mathieu Gabella & Michael Malatini, 2018.
Não há como os franceses para duas coisas pelo menos:
produzir banda-desenhada e amar a própria história (ok, aí vão ex aequo com os
bifes), e por isso tens muito disto, estes álbuns que encenam eventos ou
personagens históricos com claros objectivos didácticos... este vai tão longe
nisso que até tem historiadores (enquanto tal) na ficha técnica... e no
entanto: catastrophe!!
Isto é demasiado mau para ser verdade, é tão mau e tão chato
e tão feio que é quase notável... e não é como que o Filipe Augusto fosse um
pedaço de história chato e cinzento, mas estes animais (do argumento ao desenho
à cor) conseguem-me fazer tal cagada do trabalho que quase tive tentado a
guardá-lo só para poder mostrar às gentes!
A única qualidade redentora é o facto de respeitar os factos
(o que nos diz que os historiadores fizeram o seu trabalho ao contrário de
todos os outros)... o que paradoxalmente me corrige na minha queixa mais comum
com recontares históricos que é “porque é que inventam?! a história chega!!”
pois I stand corrected... em cima de saber o que se passou e saber que o que se
passou chega, é preciso saber contá-lo... algo que este Mathieu Gabella não
consegue fazer nem com uma pistola apontada à cabeça.
Toda a gente envolvida nisto devia ser irradiada das
respectivas (supostas) profissões!
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