“The King” David Michôd, 2019.

Isto é INENARRAVELMENTE MAU!!!
Antes de mais, e muito rapidamente (necessariamente), as partes boas: isto não é mal realizado! É visualmente muito polido e chega a ser verdadeiramente bonito; segundo ponto: os figurinos são acima de óptimos, bem feitos, à época, adequados, a chegar ao ponto dos cavaleiros personagens principais terem capacetes e fecharem as viseiras em batalha (o que nunca, NUNCA acontece porque como sabemos temos de ver as caras dos protagonistas SEMPRE)... e quanto ao positivo ficamos por aqui.
O resto é antes de mais culpa dum argumento INENARRÁVEL!!! É espantoso não só a falta de respeito pela história (já sei.. lá por estarmos a usar nomes de gente e sítios e acontecimentos reais isso não quer dizer que tenhamos de ser historiadores... eu começo a ficar farto deste argumento francamente... se não queres ficar preso ao Henrique V e a Agincourt porque é que não escreves sobre Nárnia ou a terra da Guerra dos Tronos ou a porra que te pariu?!) é que já não há paciência para a conversa “da Inglaterra e da França” para a Guerra dos 100 anos! Eu sei que a culpa é do Shakespeare, mas estes animais nem o Shakespeare me respeitam: fazem-me do Falstaff (uma das suas melhores, mais amáveis e mais complexas personagens) um duro silencioso e com queda para o martírio à Clint Eastwood (imagina-me!! o Falstaff!!!)... daí a fazermos do maníaco do Henrique V um pacifista, do manhoso do Delfim (o futuro Carlos VII) um arrogantão francês caricatural (que morre em Agincourt imagine-se!!) e da Catarina de Valois uma mulher liberada é um bocado why tha fuck not?!..
Claro que como é costume “os ingleses” ganham... porque como nós sabemos foi isso que aconteceu não foi?! Por isso é que se fala inglês da Escócia aos Alpes, não é?!..
Francamente fantástico, podem limpar as mãos à parede!!
Aaahh e outra.. este mocinho Robert Pattinson de que toda a gente agora gosta (não é como no tempo dos filmes dos vampiros que toda a gente via que era um tropeço) ainda não o vi fazer nada, não foi no pedaço de merda pretensiosa que foi o “Cosmopolis” e não foi aqui, continuo-o a achar um cabotino do pior, só mais insuflado... até estou com medo do “Farol”.

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