“Death Proof” Quentin Tarantino, 2007.
Este era o filme perdido que me faltava do tio Quentin e
depois do ver percebe-se porquê...
Este filme parece muito mais antigo do que é, não só porque
o Quentin emula (como de costume) formatos velhos e de tipo b, como
aparentemente andou a (literalmente) arrastar a película pelo chão para lhe dar
o ar batido de filme de sala muito passado, mas antes de mais porque é tão tão
básico (devo ter verificado 50 vezes que 2007 o coloca mesmo entre o “Kill
Bill” e os “Inglourious Basterds”, por muito que pareça um filme da faculdade,
por mais evidente que seja que é um filme que só o deixavam fazer no topo da
glória da bilheteira...).
Nota, o Tarantino está todo lá: a cor e o preto-e-branco, a
realização absolutamente perfeita, a música, a violência filmada como nunca
ninguém antes, as conversas hipnóticas de buraco de coelho, o fetiche dos pés,
os carros, as mínimas piscadelas de olho aos iniciados... o problema é que
todas estas partes estão na potência 100, se o Tarantino normalmente é barroco,
isto é rococó... quase ilegível na obsessão da forma, e ainda bem que no
limite, forma é a única coisa que ele tem para oferecer.
Resumo: bom, mas só para fanáticos do Tarantino... como eu.
de longe o mais tarantinesco dos filmes do Tarantino.
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