“Natália a Diva Tragicómica” João Gomes, 2011.

Este é um documentário (muito cuidadoso, muito bem feito, todo de acordo com as mui estritas regras para documentários da tua irmãzinha) sobre a Natália de Andrade, uma figura descrita como uma cantora lírica “invulgar”.
A história cá em casa começa com o cansaço da Joana (a professora da Madalena) que a leva às vezes a cantar “o nosso amoooooor ééééééé veeeeerde!!!” de maneira a torturar (merecidamente) os petizes. Isto foi um sucesso tal cá em casa que tivemos de descobrir que isto vem duma imitação do Herman a partir da dita criatura... que foi a nossa Florence Foster Jenkins, uma cantora lírica “amadora” de diva, totalmente alienada, cujas “actuações” só serviam a hilaridade (e nalguma medida schadenfreude) colectiva, com a diferença que a nossa era uma tesa.
O filme é muito bom e discute discretamente esta questão do louco sagrado, este risco ético entre olhar ou não olhar, quando o louco quer ser olhado; sem repostas, mas com perguntas muito interessantes.
Eu, que também tenho mais perguntas que respostas, deixo-te com a Natália em full throttle:

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