“Brexit the Uncivil War” Toby Haynes, 2019.
Este acabámos (a tua maninha e eu) de ver hoje. Este é interessante antes de mais porque é um filme sem resposta para si próprio, a coisa oscila entre a importância central do Dominic Cummings enquanto cérebro amoral (e se calhar, quem sabe, até desinteressado... o filme também não sabe) da campanha do “Leave” no referendo da permanência do UK na União Europeia ou da final responsabilidade colectiva das massas; entre a admiração pela eficácia da filha-de-putice da política “como da sublimação da guerra por outros meios” ou da dúvida da possibilidade de outra maneira de fazer as coisas...
um filme ferozmente paroquial que não consegue não ser filosófico, que não fecha o arco narrativo por falta de jeito apesar absurdamente bem realizado...
um filme cujo único pecado é achar que o que acontece aos ingleses ainda tem alguma sombra de consequência fora de Inglaterra:
https://www.youtube.com/watch?v=E5S1EMmCWAE
o Cumberbatch é um grande e fino actor (que carrega o grosso do filme) mas alguém tem de dizer aos bifes que os tons épicos do Beethoven (usado ad nauseam) começam a soar ridiculamente grandiloquentes para falar dum paízito de 60 milhões de habitantes.
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