“Andy Capp 1” Reginald Smythe, 1978.

Este é chato à brava, eu quando era puto lia isto algures (para aí nos Correio da Manhã do meu avô ou coisa parecida) e adooooorava isto.

Isto é faixa curta típica de imprensa à volta da vida do Andy e da sua mulher Flo, o Andy é um desempregado crónico, bêbado e malandro e a Flo uma moura do trabalho que sustenta o madraço do marido... na altura eu achava isto hilariante, quando apanhei este álbum de recolha em francês (originalmente foram publicados a partir de 1957 no Daily Mirror) fiquei todo contente.

E ler isto agora santo deus que desgosto...

A quantidade de misoginia, banalização de violência doméstica e ódio aos pobres é inenarrável, insuportável...

E eu já sei que hão de haver uns inteligentes que nos hão de explicar como a coisa é meta e desconstrói o discurso banal dos pobres como burros e malandros através da reencenação dos estereótipos e como o Smythe tinha lugar de fala porque o Andy e a Flo são basicamente caricaturas dos seus pais...

mas eu quero é que eles vão mas é muita pró caralho que não tou com paciência que a minha infância acabou de levar um pontapé.


 

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