“Alix Senator 10 La Forêt Carnivore” Valérie Mangin & Thierry Démarez, 2020.


 

Ohhlálá... isto é outra conversa!..

Antes de mais o título... “A Floresta Carnívora” para a mata habitada por fantasmas sem mãos que mesmo assim dizimam legionários como se não fosse nada.. uau!

Segundo isto é muito regresso ao Alix raíz: o sensato rodeado da corriqueira loucura dos homens...

mas esta Mangin é a melhor coisa que nos aconteceu do lado da escrita deste o Jodorowsky... ela pega num quadradinho específico do Alix do Martin, um quadradinho só mas especialmente marcante, onde o Martin mostra como César manda cortar as mãos aos rebeldes gauleses de Alésia para não só dar uma lição sobre “pegar em armas contra Roma” mas colocar nas respectivas comunidades um exemplo vivo, homens inúteis e perpetuamente desgraçados (na realidade César fez isso não em Alésia, mas sim um ano depois em Uxellodunum, mas isso agora não interessa nada)... ora a Mangin vira o pico ao prego magnificamente, transforma esses pecados do passado nos tormentos do presente.. ao paroxismo, magnificamente.

É a primeira vez que ela vai buscar ao material do Martin de maneira verdadeiramente séria e é espantoso o que se pode fazer quando se faz bem... em rigor acho que com um bocadinho mais de tomates era te atacar o homoerotismo entre o Alix e o Enak (que no Martin era gritante) e acabar com esta tretinha da “Lídia, irmã de Augusto, meu grande amor” que é só para meninos que nunca viram sequer as capas dos originais...

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