Discografia CCCLXVI Gershwin.
Tapo o mais vergonhoso buraco na minha discografia: o Gershwin! e em rigor porque, para além de estar espalhado sem menção por muito blues, jazz e swing, está sempre na minha cabeça... é como aquele amigo com quem não precisas de falar amiúde porque o tens dentro o tempo todo.
Mas precisava de lhe arrumar a música sinfónica... este Mozart de Brooklyn, o Mozart humilde que no topo do seu sucesso foi pedir aulas ao Schoenberg (que lhe respondeu que “antes ser um Gershwin de primeira que um Schoenberg de segunda”) e ao Ravel (que lhe respondeu que “devia ser o Gershwin a dar-lhe aulas a ele”)... o mais negro dos judeus russos de Nova York que dos blues fez blues e jazz e swing e óperas e sinfonias, que dominou o som dos States durante 30 anos depois de ter morrido... e imagina se não o tivesse aos 38 anos...
deixo-te só com esta:
https://www.youtube.com/watch?v=cH2PH0auTUU
a mais preciosa e redondinha das suas obras-primas... o som final da cidade moderna, porra parece que vês os carros e a malta a entrar para o metro os empurrões e os pombos a cagar na malta...
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