“Princípio, Meio e Fim” 1º Episódio SIC, 2021... e o Markl e o Salvador Martinha.
hhhhmmmmmmm eu gosto muito do Bruno, mas nem o menino jasus tem carte blanche cá em casa, e assim sendo este é misturadinho...
O formato é original e marado e isso é óptimo, acho uma bela ideia deixar o Bruno fazer o que lhe apetece (até porque nem é dinheiro público, por isso jóia) apesar de obviamente mentiroso (é como o modelo do improv: quando é mesmo improvisado não tem graçinha nenhuma e quando tem graça foi muito ensaiado, por isso é sempre mentira pensar improv como comédia... depende duma lógica absolutamente maníaca e arrogante que acha que as boutades do Voltaire ou do Oscar Wilde lhes saíam naturais da boca sem trabalho... e que eu, Manel da Esquina também sou um Voltaire, um Wilde, um Twain; mas isso é outra conversa) mas aqui a questão nem sequer é o modelo mentiroso... é a companha embarcada.
Eu o Markl às tantas desprezo tanto e há tanto tempo que começo a dar a volta... se formos a ver bem o Markl para irrelevância cultural clássica produção da élite lisboeta tem duas qualidades raríssimas nesta mesma élitizinha lisboeta: trabalha para cachucho e é profundamente humilde... eu começo a virar com o Markl porque por mais nulo que ele seja a verdade é que quase nos esquecemos de quem ele é filho (porque nunca há momento nenhum em que ele se deixe agir como o filho-família que é...) e trabalha como um mouro... um mouro burro que ainda não percebeu que uns nascem Maradonas e outros são bons a pregar pregos e amar pintura completamente não faz de ti um Picasso e não há fórmulas para pintar Guernicas, portanto um mouro burro, mesmo mesmo burro... mas ao menos é do trabalho, mesmo do trabalho e raivoso na antítese da arrogância “natural” da sua classe de origem... fuck me... eu acho que vou ter de deixar de dizer mal do Markl, porque sendo a nulidade que é, as qualidades superam-se-lhe a insuficiência (que é só a fatal de não ter talento para o que quer fazer)...
Já o Salvador Martinha é todo um outro animal. Esta pústula do humor nacional não tem nenhuma autoconsciência da falta de talento. Como se não chegasse ou mesmo sendo filho da Rita Ferro, neto do António Quadros (o poeta medíocre, não o pintor) e bisneto do António Ferro e da Fernanda de Castro (o que acumula 4 gerações seguidas a torturar o público português, o que é um pedaço mesmo pelos padrões licorosos da alta-burguesia nacional, não há ninguém que vá plantar malvas para os montes nesta porra de família) mesmo assim consegue perder até no capítulo de comediantezinho horroroso de classe alta que despreza pobre para o Sinel de Cordes (que afinal é só sobrinho-trisneto do Sinel de Cordes golpista do 28 de Maio de 26 com o resto da escumalha proto-fascista: Gomes da Costa, Carmona, Mendes Cabeçadas e Alves Roçadas; que nos haviam de largar o Botas no colo) portanto um tipo que até a ser desprezível cai para a medalha de prata.
Já agora, para fazer o pleno como o Bruno claramente fez neste “exercício singular” este Filipe Melo não conheço de lado nenhum (sim já sei, argumentou para BD, mas isso menina, até o Markl..) só o conheço duma ou outra entrevista em que os jornalistas “da cultura” se babavam de enlevo, o que é sempre mau sinal, por isso... não me cheira, não me cheira mesmo nada.
Mete em cima desta desgraça toda o forçar do modelo, a Jessica Athayde, o Manzarra e o Kalaf (parece um bingo de gentinha metida e horrorosa, com o filho da Júlia Pinheiro e alguém do “Observador” fazíamos linha pelo menos..) e uma pessoa pergunta-se: ó Albano, ó Nuno Lopes.. como é que vocês se meteram numa fria destas?!
Porque é o Bruno, dou-lhe mais um tiro apesar disto tudo me parecer uma enorme ego-trip da sala de argumentistas... mas é isso.
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