Discografia CCCXC Villa-Lobos.

Tio Heitor, terceiro episódio do que eu apanhei com as moças da cartografia musical do Rio...

Em rigor não, não dá para ouvir muita muita música brasileira sem eventualmente levar com referências ao Villa-Lobos o grande...

Mas ainda não tinha tirado tempo para lá ir, e tirei-o, e ainda bem... o Villa-Lobos não é grande, é enorme; é maior do que alguma coisa de música antiga que nós do lado de cá tenhamos alguma vez produzido... até o Seixas fica aquém... o tio Heitor tem cadeira entre os grandes e ferozes do início do século... os Satie e os Stravinsky e os Prokofiev da vida, sem stresses nenhuns... o tipo é uma fera, muito Stravinsky antropofágico tropical absolutamente original (a exacta relação do Jacob do Bandolim com o Django Reinhart, com a diferença que o Villa-Lobos de certeza que ouviu Stravinsky ao contrário do Jacob com o Django), com a variante de ter cara (e olhos, especialmente olhos) de García Lorca que ninguém fuzilou e logo teve a possibilidade de envelhecer...

As “Bachianas Brasileiras” é um enorme corpus, mas a “Amazonas” e especialmente a “Uirapuru”:

https://www.youtube.com/watch?v=p1sPSAD9SEc

são uma doce e tépida caminha para os meus ouvidos.

Magnífico é pouco.


 

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