Faro.

Directamente para o Guilhim, directamente para a piscina da São (eu sei que estavas lá, mas isto é tanto carta para ti como carta para o mim futuro esclerosado)... dia seguinte para Lagos, passear no Zoo assustador com a Adriana, as crias e o inútil, sempre vejo o Carlos e a João (mais ao menos como há 20 anos), conheço os gatos, e o cão do Diogo (o “Artur”, raio de nome para cão!), como sardinhas de que gosto mais do que me lembro, apesar de faca e garfo porque à pata; tenham lá paciência.

Tu muito trabalhadeira, o teu pai angustiado com o tio Zé, a São (eu gosto da São, e dos seus dossiers que na lombada dizem em letras garrafais “DÚVIDA METÓDICA”... caramba, eu também uso muito disso, mas não tenho um dossier), gosto do Chico (um cão especialmente budista), o sô Onésio, Anésio?! o saxofonista cubano um caso interessante mas inexplorado e provavelmente inexplorável; o facto de ele dizer nunca ter sido tão bem tratado (demos-lhe água, um copo de vinho e um cinzeiro, uma fatia de bolo e de vez em quando perguntávamos-lhe se queria comer e ele que não e depois éramos como família e para a próxima nem pagamos... e isto não diz nada sobre nós, que o tratámos como um humano, nem sobre ele, que é necessariamente outro, mas provavelmente é capaz de dizer sobre outros contratantes... que o treinaram para mijar na matunça porque aparentemente as águas correntes do interior da casa são off limits para a criadagem) claramente um bicho do jazz da maneira como tocava, obviamente uma história de vida à espera dum documentarista...

mais...

Praia e mais praia, muito peixinho.. falando de comida, este modelo dos burritos mexicanos da São é a solução para o equilíbrio com os vegetarianos, eu aponto isso mas a tua irmã não me liga puto... mais.. Loulé e o massapão e o magnífico monumento salazarista ao engenheiro Duarte Pacheco (que não era engenheiro), tu a dizeres que se calhar Pompeia não vale a pena e eu entre o rasgar das vestes e o aceitar que nem todos são eu, no fim ainda vamos ao Faísca na Brites de Almeida comprar ½ dúzia e finalmente a bendita fotografia hagiográfica do Rogério Coelho Bacalhau (das melhores coisas que nos aconteceu desde do “cantam as nossas almas, para o senhor comendador, uma salva de palmas!!”),

benditas autárquicas!


 

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