"Les Damnés de la Commune" Raphaël Meyssan, 2021.

este tinha tudo para correr bem cá em casa e foi a cagada do ano!

A história da Comuna de Paris em animação a partir de gravuras coevas, produção do Arte... ainda por cima em Paris diziam-se maravilhas; melhor é impossível.

Começamos todos 3, a criança é a primeira a pedir escusa, a tua mana desiste silenciosamente pouco depois (sem nunca admitir que o Arte borrou a pintura) eu persevero até ao fim mas só para perceber de que lado é que quebra o ovo da cobra.

É evidente que é profunda e fundamentalmente chato, e que isso vem do guião antes de mais (por mais que algumas actuações de voz não ajudem, antes de mais a medonha "Victorine" da Yolande Moreau, a porteira da Amélie)... mas o verdadeiro pecado é o espesso romantismo decadentista da coisa toda! O fado da orfanita do Marceneiro é brinquedo ao pé disto. Um canto da derrota como se ela tivesse sido definitiva "eles saem da História, os órfãos da História... são esquecidos..." devíamos ter desconfiado pelo título Damnés é danados, não condenados... menos de 100 anos depois da Comuna eles tinham vencido em toda a linha e serviam de exemplo para as gerações seguintes de progressistas... 150 anos depois estes mamíferos acham que eles perderam só porque foram fuzilados ou exilados para a Nouvelle-Calédonie,

francamente...

a evitar.


 

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