"Tiny Desk Concert" Turnstile, NPR Music, 2022.

Depois do tio Anderson lá no rooftop do Guedes na Poveiros passei a assinar a música da NPR... hoje ouvi os Turnstile.

Estes tipos são fortes, são bons, provavelmente muito bons... mas não era nisso que estava a pensar enquanto os ouvia.

Às vezes parece que o indiscutido consenso social entre melómanos é que os miúdos ouvem o que é novo e os graúdos ouvem o que é bom... o que funciona para os dois lados: porque os velhos, com décadas de música às costas já só criam espaço para o verdadeiramente bom enquanto os novos supostamente têm mais abertura de espírito para possibilidades e experiências originais e diferentes...

Eu, e por mim necessariamente falo, quando era muito pequenino francamente procurava o bom (fosse de ontem, fosse de há três décadas atrás... até porque aos 14 anos, tudo aconteceu há três décadas atrás, especialmente no Portugal do Cavaco) e agora já aceitei a miniatura que é a existência humana e aceitei que o mundo é muito grande e há muitas e muitas e muitas e muitas coisas boas... e só procuro coisas novas (o mau já conheço e é velho como o pecado)...

resumindo (e eu sei que o caminho foi longo para esta curta conclusão, mas é como dizia o outro: a carta vai longa porque não tive tempo para a fazer mais curta) os miúdos ouvem o bom e os graúdos ouvem o novo (e isso se forem espertos) e estes Turnstile são bons, mas eu sou velho e novos, eles não são, eu já ouvi isto 30 vezes (e pior, sei dizer de quem, quando, onde e com quem estava a dançar), mas são bons lá isso são, a mim é que me soam a "variações" doutros..