“Europa Oxalá” CAM Gulbenkian, 2022.

Depois do Luzboa alá para o CAM para uma “reflexão sobre o pós-colonialismo e coiso e tal”...  a habitual mistura de bom e mau e “deves estar a gozar comigo..” porque há umas cenas jeitosas e outras que dizemos “a sério manel?!” mas desta vez nem nos safamos mal... há cenas no MUITO BOM (os desenhos sobre colagens do Nú Barreto e as cápsulas a brotar plantas tropicais do Sammy Baloji) e depois temos um UAU com “Falling Thrones” do Márcio Carvalho, um verdadeiro UAU que por estar para além do verbo precisa de ser visto.

Para apimentar a coisa, também tem o maior exemplo de malandragem da arte contemporânea que já vi (tão forte que já se tornou shorthand cá em casa)... portanto para falar do pós-colonialismo e da posição do criador racializado e coiso e tal houve um artista que me espetou uns sapatos de pernas para o ar com um pedaço de betão em cima... e está feito, é daqueles tão maus que são mais memoráveis que os bons (o que é uma tragédia e um óptimo sobre a importância da curadoria).


 

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