“Marquise” Véra Belmont, 1997.
Entro sem grandes expectativas e sai-me uma pérola enorme e magnífica... pertíssimo da obra-prima.
Os ianques adoram fazer filmes sobre o cinema e os franceses sobre o teatro, partindo (muito muito livremente) da história da Marquise-Thérèse de Gorla (et Du Parc), uma actriz com um fogacho de absoluto sucesso nos 1660s, e do triangulo que formou entre o Racine e o Molière, a tragédia e a comédia, estas almas constroem-me uma peça invejável.
Nunca vi a nem a Sophie Marceau nem Lambert Wilson trabalharem tanto, o Llermitte e o Timsit enchem o ecrã... mas nada como o Bernard Giraudeau como Molière... é espantoso.
Historicamente estamos muito longe da marca (o Lully divertido, a Liselotte bonitona e sedutora e a rainha morena porque supostamente espanhola são só enorme exemplos), mas há aqui uma verdade funda a que se chega, não só sobre a época e a arte de actuar, mas quase acerca de tudo... a uma unha negra da obra-prima:
https://www.youtube.com/watch?v=ORObl4u0Hsc
ps. a música, absolutamente espantosa, é coeva.
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