“König Philipp II” Hermann Kesten, 1938 (tb. “Yo, la Muerte Felipe II soberano de medio mundo”).

Já é a segunda vez que leio este monstro de mais de 500 páginas a tipo minúsculo e como da primeira vez, num sopro.

É fantástica a capacidade de retrato, de criação ambiental, de rigor histórico (por muito estranho que soe vais a verificar e é verdade), a capacidade para empatizar com psicologias absolutamente opostas, cais de dentro dum personagem para dentro doutro sucessivamente e cada vez que paras para olhar, historicamente, para o tipo, tudo faz sempre sentido... é inenarrável.

Um esquerdalho judeu de origem austríaca na Alemanha no pior momento possível, andou a fugir aos nazis desde o início da coisa, sobreviveu a saltitar entre Amsterdão, Nova York e Roma no pós-guerra, reverenciado em casa como o “velho mestre”, pouco conhecido fora... tenho de fazer deste tipo um projecto pessoal, porque francamente, tem de ser.


 

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