“O Guerreiro e o cavaleiro” Franco Cardini, 1987.

Obrigações de História da Idade Média para a licenciatura... agora vamos por partes: o tipo é muito bom na análise da cena dele (este artigo é capítulo num volume organizado pelo meu sacrossanto Le Goff) mas mas mas...

O mamífero é um fascista assumido, em pequenino foi militante do MSI (uns herdeiros do fascismo italiano mais assumidos que o CDS por cá), que adora gabar os maníacos do Salò como gente séria e muito pouco torturadores e agora não se cala como a Meloni é espectacular. Mas isso tudo, em rigor, é lá com ele... a separação entre a vida e a obra é uma porta que abre para ambos os lados.

O problema é quando a pústula, inevitavelmente, sangra para a camisa.

O tipo é absolutamente brilhante na análise da noção e praxis da cavalaria medieval, brilhante e divertido... mas pelo meio mete uma de “obviamente a cruzada não é uma jihad, porque o cristianismo não produz coisas dessas” sem mais e avancemos...

Pois, não.

Eu li, e aprendi, e citei no trabalho... e meti uma patadazinha porque primeiro tive 95% no primeiro trabalho portanto posso permitir-me, depois porque se um aluno de primeiro ano não pode meter uns manguitos quem é que pode? e finalmente porque se não a metesse nem dormia sossegado.

Franco, muito obrigado pelo trabalho, de resto, pó caralho!


 

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