Discografia DIII Paulo Bragança.
O tio Paulo (agora já vai de tio Paulo) foi a nossa esperança dum corte rasgado no fado tradicional.
Da Amália passávamos directamente a um moço com uma apresentação de género não-heteronormativa (diríamos hoje, que na altura ainda não tínhamos linguagem), a cantar descalço sobre seringas e ressacas de cavalo na Meia-Laranja... em cima disso o puto era um óbvio gigante emocional a cantar.
Ele vai abusando progressivamente ao longo dos anos 90 até isto:
https://www.youtube.com/watch?v=DXSk2mRXlRQ
que eu francamente acho que foi a palha que partiu as costas à mula (como dizem os bifes)... o refluxo que era a vida da Mísia tornou-se em verdadeira hostilidade alegremente partilhada pelo país todo; fugiu para a Irlanda e despareceu durante mais de 15 anos... a mim com a sô dona Amália, a supracitada Mísia e miúda Hermínia fez-me ouvir todos os outros, um génio maltratado na melhor tradição nacional.
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