“Sinais” Fernando Alves, TSF.

Acabou-se.

É muito muito estranho, é como me lembrar de 3 em 3 dias que o Jazzé morreu... considerando, como eu considero, podcasts como rádio doutra maneira, eu devo ouvir mais rádio hoje do que alguma vez ouvi, mesmo com a Rádio Cidade fim dos anos 80 até 1/2 dos 90, mesmo com a constância da TSF para as notícias imediatas (agora em app no telemóvel, mas mesmo assim invicta) o Herman e depois Ricardo Araújo Pereira... o que me desapareceu do meu consumo radiofónico foi a música (que foi o meu início na rádio)... hoje para a música ouço às vezes a Amália (porque sou velho) e a SBSR (porque ainda tenho as orelhas vivas)...

A constante este tempo todo foi a espessa poesia de 3 minutos diários do Fernando, mesmo depois do podcast raramente ouvia mais do que um de cada vez tal a espessura pensativa de cada 3 minutos.

Isto é o fim duma era é um baixo lugar-comum absolutamente necessário aqui.

Como este país é em si mesmo um colosso (a grande Ivone nunca acertou com tanta força como nessa), o “Sinais” fenece-se discretamente (vá, um artigo justamente encomiástico no “Público”) mas quando metes “Fernando Alves” na Wikipédia manda-te para a entrada do Emplastro (que ainda por cima é Fernando Santos) e o Alves não tem entrada...

O Emplastro é órfão, foi padeiro em Gaia e nasceu a 25 de Abril, chamam-lhe “fenómeno nacional”. Não há entrada para o meu Fernando Alves,

esta nação é que é um fenómeno!