“Deadwood” Daniel Minahan, 2019.
Este andava na algibeira à espera para ser visto num dia destes.. e cheio de medo, do medo de sempre dos conversos à insuficiência dos momentos em que nos convocam para sermos mugidos, apesar da insuficiência da própria convocatória.
Não foi o caso.
Este é o objecto que redime e dá uma esperança de mais 100 anos a todos os actos de “venham cá passados 10 anos para ver só mais um bocadinho que nós juramos não desiludir”.
Uma peça impossível para quem não tenha visto os 36 episódios de há 15 anos atrás, mas imperdível para quem os amou; claramente o mesmo para os teus colegas pela absoluta naturalidade com que novamente se revestem destas personagens muito específicas mas gritantemente carnudas: o Olyphant como Bullock, o Ian Mcshane como Swearengen, a Robin Weigert como Jane, a Paula Malcomson como Trixie, o Dayton Callie como Charlie Utter, a Molly Parker como Alma Garret, o Dourif como Doc, o John Hawkes como Sol, o McRaney como Hearst, etc etc etc...
uma pessoa vai a medo pelo que já tem na algibeira (daí a hesitação de anos), só medo de ser magoado e ver desrespeitado a obra anterior...
e depois vê tudo certo...
em rigor, quando a cena que abre é a Calamity bêbada e carregada de desgosto a chgar vi logo que estávamos bem e a voltar a casa:
https://www.youtube.com/watch?v=ejqSTxm8Fws
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