“Die Päpstin” Sönke Wortmann, 2009 (tb. “A Papisa Joana”).

Este andava a ver há montes de tempo mas depois levei um empurrão das moças dos papas.

Isto é todo o desesperado disparate que seria de esperar, o sentido de enxertar feminismo de 2ª vaga no tempo dos carolíngios sem nos apercebermos do profundamente creepy que é o par romântico ser com o pai adoptivo (o Faramir do “Senhor dos Anéis”) que já é adulto quando adopta uma Joana de 13 aninhos a quem eventualmente faz um filhinho (... volta Woody Allen, estás aperdoado!).

O filme está cheio de problemas: um guião que quer ser maniqueísta e mal consegue, actuações que variam entre uns John Goodman (absolutamente confortável como sempre), um Petherbridge ou um Nicholas Woodeson (o meu querido Posca); e uns Wenham (muito bonzinho) ou Iain Glen e Anatole Taubman (absurdamente maus) até ao da protagonista em adulta que parece um tronco de lenho...

Agora o que salta mesmo MESMO MUITO aos olhos são os figurinos! Quando chegamos a Roma e à cúria o brocado enche-nos os olhos, e mais do que isso, o brocado rico e coevo à época que é suposto ser, é dum luxo que nunca se vê em produções europeias e quando se vê nos ianques está sempre historicamente errada...

É esquisito dizer, mas este filme vale a pena ser visto, basicamente, por causa dos vestidos dos padres:

https://www.youtube.com/watch?v=AKF4Lmt3NsM


 

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