“Les Rois Maudits” 5 episódios, 2005.

Portanto fizemos a coisa uma vez e ficou brilhante e foi um sucesso e por isso... claro que vamos fazer outra vez mas agora moderno, bute nessa (e é claro que eu vou ver e até ao fim apesar de ao terceiro minuto perceber que estou numa alhada) e é claro que é a CAGADA COMPLETA.

Texto mais ou menos o mesmo (o autor afinal é um imortal da academia e isso em França....) mudançazinhas aqui e ali que não ajudam (gritam-se as coisas porque o povo em 2005 deve ser mais débil da interpretação de texto que em 1972 e por isso deixou de ter direito à subtileza). Figurinos versão medievalidade sexy de renaissance fair do arkansas que + valia desempoeirarem os magníficos de 1972. Exteriores cheios de cgi manhoso dos anos 2000 e interiores algures entre Conan o Bárbaro e Mordor, mais do que horroroso, desnecessariamente horroroso.

No meio da catástrofe os teus colegas afogam-se como podem: a Jeanne Moreau magnífica com a uma voz de 50 anos de tabagismo nem acusa a desgraça; a Julie Gayet safa-se ninguém sabe muito bem como; o Torreton (q apesar de tudo cresce no papel ao longo da coisa) e o Barbareschi perdem necessariamente para o Piat e o Louis Seigner; o Karyo parece especialmente deprimido por estar metido em tamanha salganhada; o Jacques Spiesser faz o Valois todo errado e o Depardieu como de Molay é tão absurdo a tantos níveis que quase não se nota como simplesmente não actua.

Uma catástrofe tamanha que obviamente vou ter de ver a de 72 outra vez do início ao fim.


 

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