“Le Specialiste” Magnus, 1985.

Eu adoro o Magnus e mesmo aqui. Não há gajo que desenhe com tanta certeza e segurança como este homem; parece que está a copiar em vez de inventar, dizia o Salieri do Mozart, com o Magnus a desenhar é assim também, até parece simples... mas a história tresanda a um fever pitch de cocaína ou outro upper qualquer, começa com um parágrafo escrito de enquadramento (que é sempre mau sinal e nada aceitável fora BD histórica) e depois somos atirados para um 2/5s duma narrativa já a decorrer, acontecem montes e montes e montes de coisas ao mesmo tempo, sem relação entre si e sem linha lógica e depois acaba sem mais nem menos... é uma trip, mas péssima, sais confuso e com uma dor de cabeça...

O Magnus é maluco, nunca houve dúvida (o melhor trabalho dele é uma elegia à necrofilia e à sociopatia), mas esta é uma loucura inacompanhável (ao contrário da elegia à necrofilia e à sociopatia)... por mais que primorosamente desenhada.