“A Ideia de Cultura” Terry Eagleton, 2000.

Há momentos bons e momentos maus e momentos chatos em que se aprende na mesma e outros que são só chatos e este é outra coisa mesmo assim... Estando à espera dum artigueto ou par de capítulos a discorrer sobre a complexidade do conceito da cultura aos profanos saiu-se-me esta prenda.

Primeiro (e eu não posso estar na cabeça dos meus professores) se a ideia era dar uma lambida sobre a complexidade do conceito de cultura aos meus colegas isto é absolutamente demasiado complexo para primeiro embate... este Eagleton (saído das Literaturas aprendo depois) é muito forte, este gajo de três em três páginas manda aqui umas de antologia que até eu (que ando na luta do que é a cultura há muito, demasiado, tempo, só tenho a dizer chapeau) mas pior do que isso... isto é aberrantemente reaccionário.

Reaccionário politicamente quando chegamos ao das 40 páginas e percebemos onde ele nos quis levar, e isso sendo mau não é pior do que ser cientificamente reaccionário... este tipo é um anti Abu-Lughod! Se eu com a tia Lila discordava de cada passo e concordava com a soma dos factores eu aqui concordo com cada uma das unidades e discordo da conclusão... não me lembro da última vez que escrevi numas notas “ESTE TIPO É UMA BESTA” em maiúsculas, mas desta vez aconteceu... e não é burro, é só UMA BESTA reaccionária... vou-me portar bem até ter nota lançada juro por são miguel arcanjo guerreiro dos demónios, mas não me vou esquecer dos professores (que claro inevitavelmente, ambos os dois, são amigos da tua irmã) que me obrigaram a ler este cromo.


 

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