“Le temps ne fait rien à l’affaire” Georges Brassens, 1961.

“Con” é mau de traduzir;

parvalhão, imbecil, às vezes cabrão, sempre estúpido, cretino, burro mil vezes burro, às vezes quase inocente na cretinice, às vezes malévolo por contumácia.

A letra original do sempre brilhante Brassens é:

 

Quand ils sont tout neufs

Qu'ils sortent de l'œuf

Du cocon

Tous les jeunes blancs-becs

Prennent les vieux mecs

Pour des cons

 

Quand ils sont d'venus

Des têtes chenues

Des grisons

Tous les vieux fourneaux

Prennent les jeunots

Pour des cons

 

Moi, qui balance entre deux âges

J'leur adresse à tous un message

Le temps ne fait rien à l'affaire

Quand on est con, on est con

Qu'on ait vingt ans, qu'on soit grand-père

Quand on est con, on est com

Entre vous, plus de controverses

Cons caducs ou cons débutants

 

Petits cons d'la dernière averse

Vieux cons des neiges d'antan

Petits cons d'la dernière averse

Vieux cons des neiges d'antan

 

Vous, les cons naissants

Les cons innocents

Les jeunes cons

Qui, n'le niez pas

Prenez les papas

Pour des cons

 

Vous, les cons âgés

Les cons usagés

Les vieux cons

Qui, confessez-le

Prenez les p'tits bleus

Pour des cons

 

Méditez l'impartial message

D'un qui balance entre deux ages

Le temps ne fait rien à l'affaire

Quand on est con, on est con

 

Qu'on ait vingt ans, qu'on soit grand-père

Quand on est con, on est con

Entre vous, plus de controverses

Cons caducs ou cons débutants

Petits cons d'la dernière averse

Vieux cons des neiges d'antan

Petits cons d'la dernière averse

Vieux cons des neiges d'antan

  

Tradução à bruta:

 

Logo novinhos

saídos do ovo

do casulo

todos estes putos novatos

acham todos os velhos

uns grandes imbecis

 

Mal se tornam

Cabeças brancas

Grisalhos

Todos estes kotas

Acham todos os miúdos

Uns totais imbecis

 

Eu, que balanço entre duas idades

Envio-vos a todos uma mensagem

O tempo (a idade) não tem nada a ver

Quando se é imbecil, é-se imbecil

Tenhamos vinte anos ou sejamos avós

Quando se é imbecil, é-se imbecil

Entre vocês, chega de discussões

Parvalhões caducos ou parvalhões iniciantes

 

Parvinhos da última chuvada

Parvalhões das neves de antigamente

Parvinhos da última chuvada

Parvalhões das neves de antigamente

 

Vocês, parvos nascentes

Imbecis inocentes

Jovens cretinos

Não neguem

Acham bem os papás

Uns parvalhões

 

Vocês, parvos velhos

Imbecis já gastos

Velhos cretinos

Confessem lá

Que acham estes miúdos

Uns parvalhões

 

Pensem agora na mensagem imparcial

Dum que balança entre as duas idades

A idade não tem nada a ver

Quando se é imbecil, é-se imbecil

 

Tenhamos vinte anos ou sejamos avós

Quando se é imbecil, é-se imbecil

Entre vocês chega de discussões

Parvalhões caducos ou parvalhões iniciantes

Parvinhos da última chuvada

Parvalhões das neves de antigamente

Parvinhos da última chuvada

Parvalhões das neves de antigamente

 

...

mestre Brassens aos 40 anos, cabrões dos poetas, ganha (mesmo) o Trump nas Américas e espeto na porta da saída em letras garrafais “QUAND ON EST CON ON EST CON” porque temos de ter os dentes afiados à puta da realidade... mastigo semana e meia e overcorrect para a fantástica fome de esperança dum “OUSAR LUTAR OUSAR VENCER” do camarada Mao... moo, moo e moo, nem tanto ao mar nem tanto à terra, aterro num acerto com o Zé Mário “CABRÕES DE VINDOUROS” filha da puta do processo histórico, isto é que é uma porra e eu cheio de vontade ser feliz agora, foda-se lá o caralho, mesmo assim penso nas nossas mães e lembro-me quand on est con, on est con.


 

Comentários

  1. por se falar em se ser con... esqueci-me de meter a música
    https://www.youtube.com/watch?v=FhhjrGiNYZw

    ResponderEliminar

Enviar um comentário