A Maria do Carmo no Tiny Desk Concert e a bimbalhada.

Ai filho, às vezes não há paciência para o quão bimbos somos...

Eu acho que nunca falei da Carminho para além do resmungo do quão overrated ela é... eu antipatizo sempre, à partida, por princípio estrutural, com fadistas burguesas, mas a Carminho (referir-me a alguém adulto pelo diminutivo do próprio nome é ridículo, vou mudar o título disto para Maria do Carmo) tem pipo, sempre teve... não tem gosto, nem noção dos próprios limites (como o esticar para além do que a garganta permite na marcha de Alcântara mostra), nem inglês para não soar aos gringos como um taxista recém-chegado de Islamabad (o que é especialmente imperdoável numa Câmara de Siqueira Archer de Carvalho Bello Rebelo de Andrade e sim esta é a soma de apelidos da mamã e do papá, ou como dizem os betos: d’“a mãe” e d’“o pai”).

Maria do Carmo, prontos, já sabemos que foste produzida pelo Steve Albini... Maria do Carmo, porque é que estás vestida de Darth Vader que só te falta o capacete? Maria do Carmo porque é que para cantar fado tens uma guitarra eléctrica, um baixo acústico e um teclado? Maria do Carmo, com tanta merda (aposto que foste comprar essas luvas de cientista steampunk a Londres) como é que temos tanto feedback na primeira música? Maria do Carmo porque é que estás a tocar guitarra eléctrica quando tocas como um punk de 14 anos do meu tempo (e já agora, não havia mais nenhum efeito para meter nesses 5 acordes, que acho que fizemos o pleno)? A versão dos “Argonautas” também não vale nada. E não me venhas cá com a “my culture” que essa culture também é minha e eu preferia não a ver maltratada desta maneira...

Mas depois temos o “Deixei a minha casa”... e esta é capaz de se me meter a Maria do Carmo na discografia, tenho de a ouvir mais 10 vezes mas parece-me que sim... mas se entrar é como Maria do Carmo, porque chamar uma mulher de 40 anos com um diminutivo é ridículo e francamente, ligeiramente misógino:

https://www.youtube.com/watch?v=1zdcG5rUY3o


 

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