“Keep Sweet: Pray and Obey” 4 episódios, 2022 (tb. “Sejam Dóceis, rezem e obedeçam”).
Um filme de terror em 4 eipsódios... só o raça dos mórmons para me arranjarem um líder de culto nhónhó com cara de nhonhô e mesmo assim ser a voz do senhor ao mesmo tempo que monta uma cama num altar para foder pré-adolescentes...
Eu pergunto-me desde quando eu era pré-adolescente e rachei a lombada do 4º volume da “História do Séc. XX” (Edições Abril) do meu pai (o volume da Shoa) a ver e rever as fotografias dos campos nazis qual será exactamente o meu problema. Francamente não me parece que seja parafilia sexual (apesar de ninguém fazer psicanálise a si próprio) mas que por mais que activamente me esforce por afastar estes horrores dos olhos parece sempre que a vista se me foge para lá.
É mais do que o velho aforismo do Terêncio (?) “Nada do humano me é estranho” que sempre usei para justificar o interesse pela mais extrema anormalidade... continuo a achar que é na fronteira do comportamento que, logicamente, lhes encontramos o limite... mas esta não é limite, é padrão.
O padrão uma e outra e outra vez é o poder, estou com esta enquisquetada há décadas por esta altura e a cada novo exemplo de horror a que me submeto não descubro caso que se me negue a tese: há uns rapazes com fome de poder (não só rapazes, mas mais rapazes), só fome de poder, nem têm plano nenhum para o poder, ter como objectivo o poder perverte à partida (como se não tivesses tomado a vacina), revestem a fome de poder com discurso pretensamente político ou pretensamente religioso ou pretensamente técnico mas a carne mal esconde o osso a maior parte das vezes...
Houve uma altura em que eu achei que o poder era meio para, quando lá chegados, os monstros se revelarem (quando for o Führer ou o Profeta posso matar e violar a malta toda) – fase freudiana; depois houve um momento em que achei o Poder como uma entidade quase própria, com uma “natureza” própria que mais que não fosse por tédio “pervertia” os meninos e os derramava na monstruosidade (agora que sou o Führer ou o Profeta tenho de matar e violar a malta toda) – fase jungiana.
Pelo cu ou pelas calças o que eu sei é que, historicamente, os moços no poder matam e violam toda a gente, e que eu tenho imensa dificuldade em desviar o olhar, por mais que esteja permanentemente convencido que não é por olhar mais que vou perceber melhor (o que tb é mentira porque a minha opinião está farta de mudar, se não mesmo de avançar)...
Isto é tudo muito complicado:
https://www.youtube.com/watch?v=UbhNxmwh_qc
Comentários
Enviar um comentário