Beleza.

Há anos e anos que a proliferação (explosão) de comércios de beleza me aporrinha: cabeleireiros, barbeiros, estéticas, nails, etc. etc. etc. são legião. Resolvi aproveitar o primeiro momento livre ainda por entre as reuniões na escola para fazer uma amostrazinha de terreno: uma circunscrição necessariamente limitada (a Estrada de Benfica duma ponta à outra, incluindo os dois centros comerciais no caminho e todo e qualquer estabelecimento nas perpendiculares visíveis da estrada principal, excluindo os outros por limitação da capacidade de pesquisa) e numa taxonomia que foi adaptada no terreno por me aperceber, no chão, que a diferença teórica que levei para o terreno entre “barbeiros clássicos” (de velhos) e “novos barbeiros” (com a estética machinha das paredes pretas e fotos de grisalhos barbudos muito daddy) deixou de fazer sentido porque na prática a coisa já está completamente misturada.

O caminho foi feito a pé – sentido Noroeste/Sudeste – numa manhã de dia de semana; moradas levantadas e estabelecimentos fotografados (todos menos um que estava fechado e só foi levantado no dia seguinte); para adicional animação a tua sobrinha também foi.   

Dados brutos: de 7 Rios às Portas de Benfica temos 69 estabelecimentos “para a beleza”, 20 barbeiros (cabeleireiros intencionalmente vocacionados para clientela masculina); 26 cabeleireiros (com ou sem outros serviços estéticos, sempre especificamente com corte de cabelo, alguns autodeclarados “unisexo”) e 23 com várias ofertas “estéticas” (depilação, unhas, pele, lasers e tratamentos quânticos, etc.) mas sempre sem incluir corte e penteado capilar.

Conclusões preliminares: 69 estabelecimentos em 4 km de estrada - média de uma loja de 50 em 50 metros de caminho; a primeira porta à entrada de 7 Rios e a última à chegada das Portas são “estéticas”; há um prédio com três lojas em baixo em que todas as três são negócios ligeiramente complementares de embelezamento das gentes.

Próxima pergunta: com tanta oferta, como é que este povinho continua tão feiote?