“Other Voices, Other Rooms” Truman Capote, 1948.

O romance, forma que só o Lobo Antunes me recuperou mesmo, e mesmo assim continuo a achar sempre demasiado longo quando é muito muito muito bom (3 muitos) é como um poema palavroso mas em que nenhuma palavra o faz demasiado longo. O Capote é assim.

Este é o primeiro e deve ter sido imensamente escrito e reescrito porque não se lhe mudava uma vírgula sem o diminuir. Praticamente não acontece nada: um puto muda-se da casa da mãe para a do pai, descobre a existência da homossexualidade e pensa em fugir de casa, a natureza corre a toda a volta, lenta como o melaço lá do sul.

Uma pérola, redondinha e brilhante e maravilhosa, o autorretrato era de esperar, o retrato da Harper Lee em pequena (e mais duma década antes dela própria se tornar famosa) é só bónus...

uma maravilha.


 

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